Homem é condenado a 15 anos de prisão pelo feminicídio da própria esposa em Marechal Cândido Rondon.
- 18/09/2023
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Luiz Carlos Rissato foi condenado a 15 anos de prisão pelo assassinato da própria esposa, a empresária Edna Storari, de 56 anos, em Marechal Cândido Rondon, no oeste do Paraná.
Dois filhos de Rissato e o genro também foram condenados por envolvimento no crime. O júri durou cerca de 12 horas e terminou na quarta-feira (16).
O homem foi condenado por homicídio qualificado, por motivo torpe e feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual. A pena foi diminuída porque, durante o julgamento, ele confessou o assassinato.
O crime aconteceu em setembro de 2021. Na época, a filha de Edna procurou a polícia relatando que a mãe estava desaparecida. No mesmo dia, investigadores foram até a casa da mulher e questionaram o companheiro dela, que disse que a mulher tinha viajado com um casal de amigos.
Na delegacia, o homem disse que a vitima não tinha levado celular e que pediu ainda para ele formatar o telefone dela. Relembre a seguir.
O corpo da vítima nunca foi encontrado. Durante o julgamento, Luiz Carlos Rissato disse não saber onde está o cadáver de Edna.
As investigações apontaram que o crime ocorreu por motivações financeiras.
Familiares também foram condenados
O júri entendeu que Guilherme Henrique Rissato, filho de Luiz e enteado da vítima, atuou junto com o pai. Ele também foi condenado a 15 anos de prisão pelos crimes de homicídio qualificado, por motivo torpe e feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual.
Além disso, os dois foram condenados a pagar uma multa indenizatória de R$ 20 mil para as filhas da vítima.
Amábile Carla Vieira Rissato, filha de Luiz e enteada de Edna, foi condenada a seis meses de detenção por fraude processual. Segundo a Justiça, a mulher foi presa no início do processo e, por conta disso, irá responder em liberdade.
O marido de Amábile, Luan Rafael Ferreira de Lima, também foi condenado, em regime aberto, pelo crime de fraude processual.
O advogado de Luiz e de Guilherme optou por não se manifestar. A defesa de Amábile e de Luan afirmou que está feliz com o resultado do julgamento.
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) afirmou que buscará o aumento da pena para Guilherme e Luiz.
Relembre o caso
A investigação começou após a filha de Edna fazer um boletim de ocorrência no dia 27 de setembro de 2021, informando que não tinha notícias da mãe havia cerca de uma semana.
Na delegacia, o homem disse que a vitima não tinha levado celular e que pediu ainda para ele formatar o telefone dela.
Segundo a polícia, as investigações apontaram que, um dia após o desaparecimento da empresária, Luiz pediu a vizinhos que apagassem imagens de câmeras de segurança da região.
De acordo com as investigações, Edna foi morta entre as 9h30 e 11h do dia 20 de setembro.
Neste mesmo dia, por volta das 11h, começaram as primeiras mensagens do celular da vítima para as filhas. A polícia informou que se tratava de mensagens enviadas pelo homem.
Em áudio para uma amiga, dias antes de ser assassinada, ela relata o que imaginava enfrentar ao terminar o relacionamento com o então marido, preso suspeito pelo crime.
No celular do suspeito foram encontradas mensagens do dia 20 de setembro em que o homem combina com o filho, que ao chegar à casa eles fariam "o combinado", que conforme a polícia o assunto era sobre a morte de Edna.
Em nova troca de mensagem entre pai e filho, o homem pede que o filho chegue mais cedo em casa para colocar o "negócio dentro da van". De acordo com a polícia, era o corpo da vítima.
Imagens de câmeras de segurança mostram os dois colocando um pacote em uma van entre 19h e 20h, do dia 20 de setembro. O homem retornou para casa às 20h51.
O corpo da vítima nunca foi encontrado.
Fonte: g1/Foto: Divulgação/PCPR